quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O QUE NUNCA TE DISSE

De facto, ela tinha a sua razão em certas coisas, tinha que admiti-lo.
Acordou depois das nove da manhã, com uma grande dor de cabeça.
Levantou-se, lavou a cara, e, olhando-se ao espelho quase nem se reconheceu.
Estava mesmo com mau aspecto.
Tomou um pequeno-almoço mais ou menos decente e tomou uma aspirina.
O pensamento que lhe perpassou a mente, trespassou-lhe o coração.
Tinha saudades dela.
Tantas saudades!
Ela preocupava-se com ele, cuidava dele. Estava lá quando ele precisava. Sempre disponível para ele.
Para o ouvir, para o apoiar, para o ajudar, para o mimar e acima de tudo...para o amar.
Foi com ansiedade que pegou no caderno cor-de-rosa.
Uma ânsia que até agora nunca sentira, impelia-o a ler o mais que pudesse daquele caderno.
Uma ânsia de estar com ela e com as palavras dela.

Sem comentários:

Enviar um comentário