"Nunca te pedi explicações acerca de nada, porque achei que se quisesses, tu próprio mas darias.
Sinceramente não fazes ideia das vezes que as precisei, mas nunca tas pedi.
Confiei em ti.
Dei-te espaço e opção de me contares o que achasses relevante.
Confiei que me dirias e explicarias o que achasses que era necessário explicares."
O que podia dizer? Era verdade.
Ela nunca fora do tipo de fazer perguntas ou de lhe pedir explicações.
Ele sempre achara que se ela não as pedia era porque provavelmente não lhe interessava saber.
Bom, parece que estavam ambos errados em relação a muitas coisas.
Suspirou e pousou o caderno.
Entrou em casa, com o caderno a balançar na sua mão esquerda.
Tinha que comer qualquer coisa.
Aquele caderno começara a monopolizá-lo.
Não lhe apetecia fazer mais nada que não fosse ler as palavras dela.
Havia ali, naquelas páginas, tantas coisas que ele não sabia.
Havia ali coisas que o tinham afetado de uma forma que não julgava possível.
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