"Sabes, ás vezes, acho que devíamos conversar mais.
Não, não é só falar.
Porque acabamos sempre a falar sobre todos os temas, menos, claro, tudo que diga respeito a nós, á nossa relação.
O problema é que tu nunca ouves!
E como achas que só o que te diz respeito é que interessa, acabamos por não conversar de facto sobre coisas importantes que nos afectam, e, que me afectam a mim em particular.
Quando preciso de conversar contigo, quando preciso que realmente me oiças, nunca o fazes.
Para mim, amor também é diálogo.
Ás vezes acho que tentas a todo o custo provar-me que não me amas.
Há tantos dias em que duvido seriamente que os teus sentimentos por mim sejam os que dizes serem."
Como é que aquele simples caderno podia ter aquele efeito forte e devastador nele?
Era um conjunto de pedaços de papel, pensou, tentando desvalorizar o caderno que lhe ocupava as mãos.
Ele sabia que era mais que papel.
Estavam ali enunciados alguns dos seus defeitos. Geralmente as pessoas não acham graça que lhe sejam apontados os seus defeitos.
Ele, não era excepção.
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