quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O QUE NUNCA TE DISSE

Havia ali tanta coisa que ele nem sonhava.
Inquietava-o a dúvida do que mais poderia ele descobrir.
Imaginava-a ali na sala, ou no quarto a escrever aquela espécie de diário, nos dias em que ele não estava, nos momentos em que ela quisera estar com ele e ele estivera noutro sítio.
Um pouco de alimento vai fazer bem ao meu corpo, pensou.
Não dizem que o açúcar faz bem? Que o chocolate ajuda a combater a tristeza?
Chocolate era capaz de não haver. Ela gostava imenso de chocolate, pensou.
Comeu a primeira coisa que lhe apareceu á frente, lavou os dentes e foi para a cama.
Até acabar de ler o caderno cor-de-rosa, tinha para ele que a sua rotina diária ia ser mais ou menos assim.
Desde que ela se fora embora, praticamente não tinha saído de casa.
Pronto, era irônico, na verdade era, porque enquanto ela estivera, era sempre ele a insistir para saírem,e , agora que estava sozinho, só lhe apetecia era ficar em casa, no seu canto.

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