domingo, 17 de fevereiro de 2013

O QUE NUNCA TE DISSE

Sim, era verdade que ele era um pouco comodista, mas, se ela tratava de tudo tão bem, e sem a sua ajuda...para que ia ele meter-se onde não era chamado?!
Agora que refletia no assunto, se fosse precisamente hoje, pensou, ter-lhe-ia dito que sim.
Nada lhe daria mais prazer do que ter ficado ali, do que ter passado as férias ali em casa na companhia dela.
Até mesmo agora, pensou, dava tudo para que ela estivesse aqui.
Mas não estava!
Claro que não estava, única e exclusivamente por sua culpa.
Devia ser o homem mais burro á face da terra!
Como é que tinha trocado o que tinha em casa, por noites e noites, e até alguns dias de farras, que agora serviam apenas para lhe deixarem a consciência pesada.
E, as férias no fim, e ele nem se apercebeu do tempo a passar.
O caderno cor-de-rosa e as suas revelações, absorviam-o completamente.
Nunca antes sentira uma dependência tão grande em relação a nada.
A verdade era que era uma pessoa bastante independente, e prezava muito a sua liberdade.
Curiosamente, percebia agora que a sua suposta mania da independência e da liberdade, de momento, de nada lhe serviam!

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