"E, claro, como deves imaginar, a par de ter deixado de confiar plena e cegamente em ti, deixei de acreditar no que me dizias.
A verdade é que fiquei sem saber em que podia eu acreditar afinal.
Não fazes ideia sequer do quão penoso pode chegar a ser!
Dava voltas e voltas á cabeça a pensar se estarias a dizer a verdade ou a mentir descaradamente na minha cara.
Não sabia no que podia acreditar.
Estudava a tua cara, as tuas expressões, á espera que me pudessem ajudar a perceber se mentias ou não.
Comecei a sentir-me meia estranha nesta história toda, porque afinal de contas tu é que eras o mentiroso e eu é que me sentia mal e constrangida, e talvez até um pouco obsessiva.
Sentia-me a perder o controlo sobre mim própria e sobre o meu auto-domínio.
Sabia que tinha que tomar uma atitude, e embora não fosse a que mais me agradasse, teria que levá-la a cabo algum dia.
Algum dia...porque ainda não estava preparada para que fosse já."
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