Afinal, as suas férias tinham acabado mais rápido do que ele previra.
Praticamente não tinha saído de casa, ao contrário do que tinha acontecido sempre que tivera férias antes.
Antes de ela se ir embora.
Antes do caderno cor-de-rosa.
Antes disso, teria sido impensável para ele passar umas férias inteiras metido dentro de casa.
Não! Férias para ele era ir para um sítio com muito calor e boa paisagem (no sentido literal e figurado), onde pudesse estar de papo ao ar e sem fazer nenhum.
Nem mesmo quando ela lhe pedira insistentemente, no verão anterior, para não viajarem, porque andava demasiado cansada e não tinha vontade de ir a lado nenhum, ele acedera.
Nem pensar! Tinha ele dito. E, gastou todos os argumentos que tinha e que inventara, para a conseguir convencer. Tinha-lhe dito que viajar ia fazer-lhe bem, ia relaxar e não ia precisar de se preocupar com nada, o que na verdade era uma grande mentira, porque quem tinha que organizar tudo e fazer as malas era ela.
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