O caderno queimava-o nas mãos, mas, e não sabia como, queimava-o por dentro, envergonhava-o e abria-lhe os olhos para tanta coisa que ele não vira, ou se vira, não tinha ligado.
Ela tinha escrito que ler o caderno cor-de-rosa talvez o ajudasse, e de fato começava a concordar com aquelas palavras, a que na altura não dera grande importância.
O caderno representava para ele a ausência dela, devido a todas as suas borradas, e, era por isso que lhe pesava toneladas cada vez que o carregava de um lado para o outro.
Parecia pesar tanto como a sua consciência.
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