quarta-feira, 13 de março de 2013

O QUE NUNCA TE DISSE

Pensou com uma pontinha de satisfação que se estava a tornar uma pessoa responsável, talvez um pouco por culpa das circunstâncias, mas mesmo assim, algo em si começava a mudar.
Via as coisas de outra maneira.
Talvez, estivesse a tornar-se num homenzinho, talvez estivesse a crescer.
Engraçado e irónico, que fora preciso ela ir-se embora para ele mudar.
E, era triste, que a sua mudança tinha começado exactamente depois de a perder, para sempre, depois de saber que ela não voltaria.
A sua vida era agora pautada pela monotonia.
Limitava-se a ir do trabalho para casa e de casa para o trabalho.
Ás vezes ao fim-de-semana ia almoçar com os pais.
Claro, tinha que fazer um relatório completo á mãe sobre os acontecimentos da semana.
Agora que a mãe soubera que ele estava sozinho, voltara aos velhos hábitos de mãe galinha, ou seja, fazer-lhe interrogatórios sobre tudo.
Até a mãe ficara triste quando soubera que ela se tinha ido embora, ela sempre pensara maravilhas dela e achava que podia ser uma boa influência para ele, mas, ele não se deixara influenciar.
Não, até que ela se fartara e se fora embora.

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